Qualidade de energia: impactos financeiros e operacionais na indústria
A qualidade da energia elétrica refere-se à conformidade da tensão, corrente e frequência com padrões ideais de fornecimento.
12/12/20253 min read


A qualidade da energia elétrica refere-se à conformidade da tensão, corrente e frequência com padrões ideais de fornecimento.
Problemas como harmônicos, desequilíbrios e baixo fator de potência resultam em aquecimento excessivo de cabos, falhas prematuras em motores e paradas não planejadas.
Monitorar esses indicadores permite identificar desperdícios ocultos e atuar na causa raiz, garantindo que o consumo energético se converta efetivamente em produção, sem perdas desnecessárias ou multas contratuais.
1. O que é qualidade de energia
A qualidade de energia elétrica consiste no conjunto de condições que determinam a proximidade do fornecimento elétrico em relação ao ideal nos quesitos de tensão, corrente e frequência.
Problemas nesses parâmetros afetam diretamente o desempenho, o custo e a vida útil dos equipamentos.
Os principais indicadores que devem ser monitorados são:
Fator de Potência (FP)
Distorções Harmônicas (THD)
Desequilíbrio de Tensão e Corrente
Flutuações e Afundamentos de Tensão (sags/swells)
2. Impactos econômicos da má qualidade de energia
A má qualidade impacta diretamente os custos operacionais e a confiabilidade da planta industrial. Estudos indicam que até 10% do custo total de energia de uma planta pode estar relacionado a problemas de qualidade.
Tabela de impactos principais:
Baixo fator de potência: gera multas na fatura de energia e perdas por aquecimento.
Harmônicos: causam aquecimento de cabos e transformadores, além de falhas em controladores.
Desequilíbrio de fases: provoca correntes elevadas no neutro e desgaste em motores.
Flutuações e afundamentos de tensão: resultam em paradas de linha, reset de CLPs e retrabalho.
3. Benefícios de monitorar e corrigir a qualidade de energia
O tratamento adequado desses parâmetros gera ganhos amplos e mensuráveis.
Ganhos econômicos:
Eliminação de multas por fator de potência.
Redução de perdas elétricas.
Aumento da eficiência global.
Ganhos operacionais:
Menos paradas não programadas.
Aumento da vida útil dos motores.
Redução de falhas em controladores.
Ganhos estratégicos:
Obtenção de dados confiáveis para manutenção.
Conformidade com normas como PRODIST e ISO 50001.
4. Exemplo real de impacto
Considerando uma indústria com consumo médio de 15.000 kWh/mês e uma fatura de R$ 11.250 (tarifa de R$ 0,75/kWh):
Um fator de potência médio de 0,85 pode gerar multas mensais de cerca de R$ 225.
Ao corrigir esse fator para 0,98, a economia anual supera R$ 2.700.
Somando-se o ganho de eficiência adicional, a economia total pode chegar a R$ 4.500 por ano.
5. Como a indústria pode tratar a qualidade de energia
Existem etapas fundamentais para o tratamento eficaz:
Monitoramento contínuo dos parâmetros elétricos.
Análise de causa raiz.
Implantação de correções, como bancos de capacitores, filtros harmônicos, balanceamento de cargas e substituição de motores ineficientes.
Gestão ativa via software, utilizando soluções como o eMonitorX.
6. Retorno financeiro esperado
Após a correção da qualidade da energia, os resultados típicos incluem:
Economia de 3% a 8% no consumo total.
Redução de até 30% em paradas ligadas a falhas elétricas.
Aumento da vida útil dos equipamentos entre 20% e 40%.
7. Alarmes e inteligência de dados
O sistema utiliza alarmes para monitorar diversos aspectos:
Tensão (sub/sobretensão).
Fator de Potência.
Harmônicas (tensão/corrente).
Desbalanceamento.
Dados quantitativos como consumo, demanda e ocupação do transformador.
A inteligência artificial analisa esses alarmes para apoiar as melhores práticas e soluções.
Ela gera indicadores-chave de desempenho automaticamente, identificando maiores consumos, índice de eficiência energética da produção, custo de energia por produto e taxas de perdas.


